Estudo sobre eficiência energética defende que os padrões impostos e adoptados pela indústria não conduzem a alterações significativas.

De acordo com um estudo realizado pela CE Delft, uma organização de pesquisa e consultoria na área da eficiência energética, os actuais regulamentos e imposições legais à indústria no desenho e projecto de novos navios, não tendem a conduzir a qualquer alteração significativa em termos de eficiência energética

Embora os novos navios tenham de obedecer, desde 2013, ao regulamento do designado EEDI, Energy Efficiency Design Index, até agora, segundo o estudo, o que está provado é que os novos navios têm um desempenho muito próximo dos anteriores, com dois terços dos novos contentores, cerca de metade dos graneleiros e um quarto dos navios-tanque lançados em 2015, já cumprem as exigências que se tornarão obrigatórios para toda a frota a partir de 2020, sem necessidade de recorrerem a quaisquer tecnologias inovadoras.

Nesse enquadramento, ambas as ONG que formam a Clean Shipping Coalition, quem encomendou o estudo, a Seas at Risk e Transport & Environment, assinalam as fragilidades dos respectivos regulamentos, pedindo assim o reforço das suas exigências sob pena de nada se alterar num futuro próximo.

Os actuais preços do petr´leo e dos combustíveis também não tem ajudado a que os armadores procurem e optem por navios com uma maior eficiência energética mas a IMO já está a trabalhar na revisão do regulamento da EEDI, devendo a primeira reunião do respectivo subgrupo reunir-se em Londres, na próxima semana, entre 18 e 20 de Abril, para apresentar em seguida as primeiras recomendações sobre os subsequentes passos a seguir.

 



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