Pouca rentabilidade das companhias de navegação, crescimento económico lento e queda na competitividade exportadora deverão afectar os operadores portuários chineses, que terão dificuldade em aumentar as suas margens de lucro, segundo a agência Moody’s, citada pelo World Maritime News.
No caso das companhias de navegação, afectadas pelo excesso de capacidade de transporte, a agência prevê um aumento entre 4,5% e 5,5% contra um crescimento da procura apenas entre 1,5% e 2,5%. Este facto exerce pressão sobre as tarifas dos fretes, que se reflectem numa dificuldade crescente dos operadores portuários em negociarem margens mais elevadas nos seus serviços.
Osbert Tang, vice-presidente e analista sénior da Moody’s, citado pelo jornal, refere também que “portos orientados para a exportação, como Shanghai e Shenzhen, serão particularmente afectados pela diminuição do movimento de contentores decorrente de um crescimento quase nulo das exportações chinesas”.
A agência, no entanto, admite que esta situação pode ser mitigada com planos de investimento nos próximos três anos, ainda que selectivos e disciplinados. Neste contexto, investimentos em fusões e aquisições por parte dos operadores, bem como expansão no exterior, podem compensar a debilidade co crescimento interno.
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