O peso de 50 anos de alterações climáticas de que são espelho os corais e as áreas piscatórias são apresentadas na exposição “Alterações climáticas e os oceanos do futuro” inaugurada no dia 9 de Fevereiro, no Museu do Mar Rei D. Carlos em Cascais, segundo comunicado oficial.
Esta iniciativa conjunta dos investigadores do MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e do Museu, tem como propósito apelar à “consciência da sociedade relativamente aos impactos das alterações climáticas na vida quotidiana [que] ainda é bastante limitada”, especialmente num contexto de proximidade da zona costeira, explicou a bióloga do MARE, Marta Pimentel.
A exposição, que foca os impactos das alterações climáticas nas actividades com relevância nacional, tais como a pesca e a aquacultura, apresenta também informação diversa sobre a investigação realizada neste contexto pelo MARE, deixando igualmente um apelo para práticas que possam ser adoptadas, quer a nível nacional, quer a nível internacional, para mitigar tais alterações.
Note-se que o aumento da concentração de gases com efeito de estufa como o dióxido de carbono devido ao uso de combustíveis fósseis, sobretudo nos últimos 50 anos, tem provocado o aquecimento, acidificação e, consequentemente, a redução dos níveis de oxigénio dos oceanos, que têm originado segundo os investigadores do MARE, Rui Rosa e Marta Pimentel, alterações no ambiente marinho e consequentemente perdas significativas de biodiversidade, mudanças na distribuição geográfica de diversas espécies, e uma diminuição na resiliência dos ecossistemas marinhos.
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