A Hapag-Lloyd reviu em baixa a sua previsão de lucros para o ano financeiro de 2018, muito devido ao aumento dos custos operacionais, refere o World Maritime News. Segundo o jornal, esta nova perspectiva está relacionada com os custos de combustível, combinados com as tarifas dos fretes nos primeiros cinco meses do ano, que não podem ser totalmente compensadas pelas medidas de poupança já em curso na empresa.
Os novos dados da empresa, de acordo com o jornal, apontam para um EBIT (lucros antes de juros e impostos) de 200 a 450 milhões de euros e um EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) entre 900 milhões e 1.150 milhões de euros.
Entretanto, as perdas líquidas no primeiro trimestre deste ano foram de 34,3 milhões de euros contra 58,1 milhões de euros no período homólogo de 2017, em boa parte devido à fusão com a United Arab Shipping Company (UASC), à evolução positiva do transporte contentorizado global e a uma ligeira recuperação das tarifas de fretes.
O jornal refere igualmente que a empresa prepara um plano de redução de pessoal, que deverá envolvera dispensa de 12% dos seus quase 11 mil efectivos em terra. Adicionalmente, 159 colaboradores a tempo inteiro da sua sede em Hamburgo deverão ser dispensados até ao final de 2019, mas este número poderá ser menor. Todavia, os planos contra a redundância afectarão muita gente, até porque há projectos para eliminar posições e para recorrer a trabalho externo, segundo o jornal.
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