A Hapag-Lloyd enfrenta um cenário de aumento de custos com combustível aproximadamente de 860 milhões de euros a partir de 2020, quando entrarem em vigor as novas regras internacionais sobre o tipo de combustíveis autorizados nos navios, refere o World Maritime News. “Temos um problema real entre mãos e precisamos de saber o que vamos fazer em relação a isso”, afirmou ontem Rolf Habben Jansen, CEO da Hapag-Lloyd, durante a SMM, a importante feira marítima que decorre em Hamburgo.
Na sua divulgação de resultados semestrais, a empresa revelou que prepara dois projectos-piloto para responder às novas exigências. Um relacionado com exaustores de gases de escape dos navios (scrubbers) e outro com a utilização de gás natural liquefeito (GNL) como combustível marítimo nos seus navios. Até agora, porém, tudo indica que ambas as soluções não resolverão o problema de imediato.
Quanto aos scrubbers, embora a empresa admita investir mais nessa solução, apenas uma pequena percentagem dos navios de todo o mundo terá tais equipamentos a bordo em 2020. Relativamente ao GNL, a empresa dispõe de 17 navios aptos para esse combustível (adquiridos no âmbito da fusão com a United Arab Shipping Company, ou UASC) e pode converter outros 16, mas considerando o elevado investimento necessário e a provável insuficiência de GNL disponível em 2020 no mercado, a Hapag-Lloyd estima que as companhias recorrerão a outro combustível. O que acarretará custos para corresponder às exigências internacionais.
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