O foco, segundo os países, deve estar na partilha de objectivos e no respeito da estrutura centralizante – a Associação das Nações do Sudeste Asiático.

Patrick M. Shanahan, Secretário de Defesa dos Estados Unidos, partilhou, no International Institute for Strategic Studies (IISS) Shangri-La Dialogue (Diálogo Internacional do Instituto de Estudos Estratégicas), em Singapura, a visão dos Estados Unidos para a segurança na região do Indo-Pacífico.

Shanahan, de acordo com o Maritime Executive, fez incidir a sua apresentação sobretudo sobre os principais pontos do relatório do Departamento de Defesa – Indo-Pacific Strategy Report, publicado dia 1 de Junho passado.

Nesse sentido, destacou, antes de mais, estarem os Estados Unidos empenhados na construção de «uma rede regional de segurança de suporte a objectivos comuns _ seja em termos de segurança marítima, contra-terrorismo ou outros _ nos mais variados domínios e em defesa de princípios partilhados.

Para além disso, adiantou ainda: «As nossas relações de defesa já são fortes e a tendência agora é para nos focarmos no incremento da própria cooperação, sendo o grande desafio sermos capazes de olhar para além do presente e perspectivar as possibilidades futuras, uma vez sermos capazes e podermos fazer muito mais, uma vez as novas ameaças e as tecnologias necessárias para enfrentá-las permitir-nos melhorar consideravelmente as parcerias com um potencial para irem além de quanto hoje sequer capacidade para imaginar».

Shanahan sublinhou igualmente consistir a confiança e capacidade de resolver problemas a essência de uma parceria de sucesso, independentemente dos eventuais desacordos que possam existir circunstancialmente e que serão até salutares se expostos com toda a frontalidade e lealdade.

Num encontro paralelo onde estiveram também presentes a Ministra da Defesa Australiana, Linda Reynolds e o Ministro da Defesa do Japão, Takeshi Iwaya com Shanahan , a tal visão compartilhada, inclusiva, baseada em regras e respeito pela soberania foi unânime, tendo os ministros reconhecido a necessidade de apoio à estrutura da Associação das Nações do Sudeste Asiático, (ASEAN, sigla em inglês), e ao seu papel centralizar tendo em vista a resolução pacífica de conflitos e o inteiro respeito em questões de soberania. 



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