Com um valor de investimento estimado para os últimos três anos na ordem do meio milhão de euros, o Desporto Escolar ultrapassou em 2016 os 50 mil praticantes envolvidos nas quatro práticas de desportos aquáticos que constituem o centro da sua acção, canoagem, vela, remo e surf, ou, mais exactamente ainda, 51 128 jovens praticantes.
Como refere Paulo Gomes, Coordenador do projecto, existem neste momento 31 Centros de Formação Desportiva dedicados às práticas de desportos auqáticos, não se prevendo de imediato, ou seja, para 2017, um crescimento muito acentuado deste número, tal como se verificou no passado.
De facto, iniciado em 2013, o projecto arrancou em pleno em 2014 com 11 Centros, mais que duplicando em 2015, tendo passado então para 25 e de 25 para 31 em 2016.
Os Centro e Formação Desportiva envolvem sempre, pelo menos, uma relação tripartida entre com uma escola, a sede dos Centros de Formação, se assim se pode dizer, um Clube Náutico de apoio e as respectivas Autarquias ou Juntas de Freguesia, além, eventualmente, de outras entidades.
Tendo como intuito não apenas proporcionar a prática de desportos aquáticos às novas gerações mas também promover a competição e a formação de novos atletas nas várias modalidades, o Desporto Escolar, além de garantir os necessários professores também lhes proporcionar formação específica, onde a segurança é um elemento determinante, desenvolvendo também, em simultâneo, um plano anual de competições divididas em âmbito local, regional e nacional, contando já com cerca de 1 794 atletas com pratica regular de competição.
Importa salientar que as candidaturas a Centros de Formação desportiva têm sempre de partir das próprias escolas, abrindo o respectivo processo para 2017 exactamente agora, no início de Agosto, e assim se mantendo por 15 dias, embora, para o próximo ano não se preveja um muito acentuado número de candidaturas.
Até ao final de 2020, fim do quadro do presente projecto, apoiado precisamente pelo Programa Horizonte 2020, Paulo Gomes prevê ser atingido o número de 50 Centros, sendo agora tempo, como refere, de consolidar o que já foi conseguido, reforçando as parcerias e incentivando ainda mais jovens para a prática dos desportos aquáticos e iniciando ainda mais atletas na competição.
Esperando que o projecto possa ser renovado em 2021, Paulo Gomes destaca ainda o facto de todos os Centros criados desde 2013, apenas um não ter prosseguido, com 11 deles a destacarem-se, pelo contrário, pela grande evolução sofrida ao longo do pouco tempo que têm de desenvolvimento.
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