O projecto RiCORE tem um financiamento de 1,4 milhões de euros do programa Horizonte 2020 da Comissão Europeia e envolve um consórcio com entidades da Irlanda, Espanha, Portugal, França e da Escócia. Uma equipa de peritos de vários países europeus tenciona encontrar alternativas para acelerar os requerimentos ambientais associados com as permissas para o desenvolvimento de energia marinha, uma das principais barreiras para o teste de energia marinha.
David Gray, coordenador do projecto e professor na Universidade de Robert Gordon, referiu que «Os projectos de energia offshore têm potencial para dar uma contribuição significativa à temática da segurança energética. No entanto, o seu desenvolvimento não tem sido célere. Parte do problema é o tempo e os custos envolvidos na obtenção de aprovações ambientais». Estas aprovações para analisar o impacto ambiental dos projectos de energia marinha são cada vez mais requeridas pelos governos mas representam custos elevados e demoram um período de dois a três anos, o que se revela constrangedor para desenvolvimentos de curto prazo.
Teresa Simas, da WavEC, explicou que «Para muitos projectos há sempre uma necessidade de juntar muita informação. No entanto, julgamos que conseguimos acelerar o processo para pequenos projectos em zonas marinhas que são menos vulneráveis». O objectivo do projecto é desenvolver perfis de risco baseado na escala do projecto, tipo de aparelho e da sensibilidade ambiental do ambiente marinho, possibilitando um processo mais rápido para projectos com menor risco.
O projecto RiCORE iniciou-se a Janeiro e irá decorrer até final de Junho de 2016. Os parceiros no consórcio incluem ainda a Universidade Robert Gordon (Escócia), que lidera o consórcio, Marine Scotland (Escócia), a Universidade College Cork (Irlanda), a AZTI-Tecnalia (Espanha) e a E-Cube Strategy Consultants (França).
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