O veleiro Anixa da Associação David Melgueiro está docado desde hoje na Marina de Oeiras onde permanecerá para «apoio operacional e logístico a atividades científicas e técnicas, designadamente, nas áreas da preservação ambiental, das ciências do mar, biológicas, atmosféricas e da Terra, da oceanografia, da arqueologia submarina e mergulho» entre outras áreas.
O Anixa foi construído pelo Cmte José Mesquita de 1986 a 1993, momento em que foi lançado à água em Peniche. Construído em aço, com 10 toneladas de deslocamento em carga, 10 metros de comprimento e 3,5 de largo, foi classificado para navegar sem limites de zona de navegação, ou seja, é um veleiro verdadeiramente oceânico com a particularidade de ser uma réplica do famoso Casvic que, sob comando do navegador Manuel Martins, deu a volta ao Mundo e repetiu, em 1998, a viagem de Vasco da Gama.
O veleiro, a chegar de Valência com jovens da Escola de Turismo e Tecnologia do Mar de Peniche, do Instituto Politécnico de Leiria, tem já algumas actividades em preparação, entre as quais se destaca um projecto que envolve os jovens com dificuldades de adaptação da CERCI Lisboa e CERCI Cascais, bem como um outro projecto de sensibilização ambiental, este ainda depende de fundos da EEA GRANTS, estará igualmente à disposição de todos os membros da Associação David Melgueiro para os mais diversos fins, bem como das entidades com quem foram recentemente celebrados vários protocolos de cooperação, entre as quais o IPL de Leiria, o IST, Instituto Superior Técnico de Lisboa, a Universidade de Aveiro, o Centro de estudos do MARE da Universidade de Lisboa e as Universidades suas parceiras, o ICEA, Instituto da Cultura Europeia e Atlântica e o CPAS, Centro ,Português de Atividades Subaquáticas, entre para actividades que queiram desenvolver na área da investigação treino de mar ou do mergulho.
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Considero o projeto de inovação em tecnologia dos materiais aplicado na indústria naval como uma ambição apenas comparável à dos descobrimentos dado que se propõe revolucionar a conceção e construção de qualquer tipo de embarcação. O que o Comandante José Mesquita tem feito com as parcerias que tem desenvolvido com empresas, universidades, associações e organismos estatais é notável pois tem conseguido mobilizar esforços para encontrar materiais mais leves, mais baratos, com diminuição da pegada carbónica na sua construção, e ainda com maior incorporação de produtos portugueses ou produzidos em Portugal.
Oxalá consiga refazer a viagem de David Melgueiro, do Japão para Portugal, pelo circulo polar ártico como forma de divulgação dessa revolução tecnológica de construção. Se eu puder contribuir de alguma forma, contem comigo.