O veículo de superfície autónomo foi recolhido depois de uma missão de 35 dias
iFADO

No dia 23 de Novembro, junto à costa de Gran Canaria, foi recolhido o veículo de superfície autónomo (tipo WaveGlider) da Plataforma Oceánica de Canarias (PLOCAN), que concluiu uma missão entre as ilhas Gran Canaria e Madeira, no âmbito do projecto «Innovation in the Framework of the Atlantic Deep Ocean (iFADO)», de acordo com informação do MARETEC – Marine Environment and Technology Center do Instituto Superior Técnico (IST).

Lançado em 16 de Outubro, o veículo “percorreu um total de 1.539 km e recolheu variáveis meteorológicas e oceanográficas – incluindo o nível de ruído no oceano -, usando um sistema de hidrofones de monitorização passivo-acústica (PAM), juntamente com registos acústicos de cetáceos na área onde operou”, refere o MARETEC.

O projecto em que a missão se inseriu, o iFADO, “é financiado pelo programa europeu INTERREG Espaço Atlântico, no âmbito da prioridade 1 «Inovação e Competitividade»”, com “uma duração prevista de 48 meses”, até Novembro de 2021, e “um orçamento total de 3,6 milhões de euros”, refere o MARETEC.

De acordo com a mesma instituição, trata-se de um projecto que “combinará a vigilância marítima tradicional com tecnologias de ponta, nomeadamente detecção remota, modelagem numérica e plataformas emergentes de observação autónoma (por exemplo, veículos autónomos e bóias oceânicas), para se demonstrar a aplicação de produtos inovadores com impacto na implementação da Directiva-Quadro Estratégia Marinha (DQEM)”.

O iFADO resulta de um consórcio chefiado “pelo Instituto Superior Técnico, incluindo ainda outros parceiros portugueses (Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, Universidade da Madeira, Fundo Regional para a Ciência e a Tecnologia, e Instituto Português do Mar e da Atmosfera), de Espanha (Instituto Español de Oceanografía e Plataforma Oceánica de Canarias), França (NOVELTIS e Pole Mer Bretagne Atlantique), Reino Unido (Plymouth Marine Laboratory e Natural Environment Research) e Irlanda (Foras na Mara)”, e deverá reforçar “a transferência de resultados de inovação, tendo em vista a facilitação do surgimento de novos produtos, serviços e processos”, refere o MARETEC.

 



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