Foram encontrados os mais altos níveis de microplásticos até agora na prova – 357 partículas por metro cúbico -, numa amostra recolhida no Mar da China Meridional, a leste de Taiwan, refere um comunicado oficial. Noutros lugares, como no Ponto Nemo (Oceano Antárctico), em Auckland, na Nova Zelândia, e perto do Cabo Horn, no extremo da América do Sul, foram obtidos com resultados entre os 9 e as 57 partículas de microplásticos por metro cúbico.
A recolha feita pelos barcos das equipas Turn the Tide on Plastic e AkzoNobel, na etapa de 7.600 milhas náuticas, a mais longa da prova, que ligou Auckland a Itajaí, sofreu de diferenças nas medições, devido às correntes oceânicas que transportam os microplásticos a grandes distâncias. Foram igualmente efectuadas outras medições de dados oceanográficos, como temperatura, CO2, salinidade e conteúdo de algas, o que permite o conhecimento dos níveis de acidificação dos oceanos.
“Esta informação é extremamente valiosa, pois ajuda a preencher uma das grandes lacunas do nosso conhecimento, como o plástico se decompõe ao longo de vários anos e se espalha até aos extremos da terra pelas correntes oceânicas. É também um alerta gritante sobre a urgência em enfrentar este problema do plástico de frente e Governos, empresas e indivíduos têm um papel a desempenhar na resolução do problema”, referiu Anne-Cecile Turner, líder do Programa de Sustentabilidade da Volvo Ocean Race.
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