No 1º trimestre deste ano, navios envelhecidos, fretes com baixo preço, preços atractivos para o desmantelamento, são alguns dos principais factores que estão a contribuir para o abate destes navios
VLCC

No primeiro trimestre deste ano, foram desmantelados 17 very large crude carriers (VLCC, o navios tanque com um porte bruto entre 180 mil e 320 mil dwt), 3 suezmaxes (navio tanque com um porte bruto entre 120 mil e 170 mil dwt) e 14 aframaxes (navio tanque com um porte bruto de 80 mil a 120 mil dwt), segundo o World Maritime News, com base em dados da consultora Clarksons Research.

De acordo com o jornal, a idade média dos navios desmantelados neste período é de 20 anos, um valor que inclui um número significativo de navios com 17 e 18 anos. O que significa que muitos armadores decidiram não fazer a inspecção dos 17,5 anos aos navios, especialmente no segmento dos VLCC, onde os ganhos estiveram abaixo das despesas operacionais na maior parte deste período, segundo a empresa de transporte marítimo Teekay.

No último relatório desta empresa, segundo o jornal, a combinação de um baixo valor das tarifas de fretes, elevados preços dos navios para desmantelamento, uma frota envelhecida e do efeito das novas regras previstas para o transporte marítimo, terão gerado uma “tempestade do desmantelamento”, provocando um volume de vendas dos navios tanque acima das expectativas.

Se este ritmo se mantiver, o crescimento de navios tanque em 2018 poderá ser próximo do zero, ou mesmo negativo, o que seria a primeira vez desde 2001.



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