Segundo revela o Safety4Sea, a União Europeia (UE) e as autoridades italianas estão a investigar uma suspeita de fraude fiscal que recai sobre personalidades ou entidades chinesas, que alegadamente terão importado bens através do porto grego do Pireu, uma porta de entrada da China na Europa.
De acordo com a publicação, que cita declarações de um membro do Gabinete Central Italiano Anti-fraude à Reuters, essa importação de bens terá sido feita com evasão ao IVA, que terá prejudicado o Estado italiano em milhões de euros. Em separado, uma unidade grega contra crimes financeiros também está a investigar o caso.
O mesmo responsável citado pela publicação e pela Reuters terá admitido que até agora, a investigação não entrou provas de alguma violação da lei pela Autoridade Portuária do Pireu (APP), que não será responsável por verificar actividades ilegais, nem por grupos de crime organizado a operarem no interior do porto do Pireu.
Recorde-se que a empresa chinesa COSCO detém a maioria do porto desde 2016 e ambiciona torná-lo uma porta de entrada na Europa no âmbito do seu projecto «One Belt, One Road», ou OBOR, de ligação do Extremo Oriente à Europa através da antiga Rota da Seda. Segundo a Safety4Sea, a COSCO terá referido que cumpre estritamente as leis locais e internacionais e que opera legalmente.
Recorde-se também que esta investigação surge num momento em que os Estados Unidos manifestaram preocupação pela eventual tomada de posição maioritária de um terminal de contentores em Long Beach na Califórnia, por parte da COSCO. Tal terminal parece fazer parte de um plano da empresa chinesa para adquirir a companhia de transporte marítimo Orient Overseas International.
