Capitão e dois tripulantes do Thunder foram considerados culpados e condenados a penas de prisão entre 2 anos e oitos meses e três anos.

Um tribunal de São Tomé e Príncipe condenou, ontem, Luis Alfonso Rubio Cataldo, originário do Chile e capitão do Thunder, assim como Agustín Dosil Rey e Miguel Pérez Fernández, ambos de nacionalidade espanhola e respectivamente engenheiro chefe e mecânico, por pesca ilegal.

A notícia foi avançada pelo New York Times que refere que a decisão foi o culminar de uma perseguição de 10.000 milhas desde a Antártica até ao Golfo da Guiné.

O Thunder, que estava na lista dos mais procurados da Interpol, foi avistado, no ano passado, a pescar nas águas do Antártico e foi perseguido, pelo grupo ambiental Sea Shepherd, por mais de 110 dias. A acção teve o seu culminar nas águas de São Tomé e Príncipe, quando o navio afundou.

As autoridades do país africano especulam que a medida tenha sido premeditada e como forma de eliminar as provas do crime.

Os três membros da tripulação foram presos pelas autoridades de São Tomé e Príncipe após o seu salvamento e agora condenados a penas de prisão. O capitão a três anos, o engenheiro chefe a dois anos e nove meses e o mecânico a dois anos e oito meses. Adicionalmente os três homens foram multados em 17 milhões de dólares (14,9 milhões de euros).

Os últimos dados indicam que a pesca ilegal, a nível mundial, custa, anualmente, mais de 20 mil milhões de dólares (17,6 mil milhões de euros).



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