Resultados do 2º trimestre apontam para melhores resultados das principais empresas de transporte marítimo de mercadorias, face ao período homólogo de 2016
SeaIntel Maritime Analysis

As 12 principais empresas mundiais de transporte marítimo de mercadorias melhoraram os seus lucros no 2º trimestre face ao período homólogo de 2016, segundo uma análise da consultora SeaIntel Maritime Analysis, citada por vários meios de comunicação social. Uma realidade que abre boas perspectivas para esta actividade, especialmente depois de um 2º trimestre de 2016 nada satisfatório.

Segundo dados atribuídos à consultora, apenas duas – a Hyundai Merchant Marine (HMM) e a Mitsui O.S.K Lines (MOL) – registaram perdas nesse período. A HMM registou perdas de 68,5 milhões de euros, tendo resultados negativos no 2º trimestre pela sexta vez em oito anos, e a MOL de 46,5 milhões de euros, o que sucede pela sétima vez consecutiva.

A COSCO foi a empresa com maior aumento de receitas (47,3% face ao período homólogo de 2016), seguida pela Evergreen (aumento de 30,3%) e da HMM (aumento de 30,1%), e a segunda com maior aumento de lucros. A Maersk Line, a Hapag-Lloyd, a OOCL, a Yang Ming e a ZIM, todas tiveram um crescimento de receitas entre os 20% e os 25% no período em análise e muita dessa receita pode ter sido consequência da falência da Hanjing Shipping, refere a consultora.

A Maersk Line foi a que registou maior aumento de lucros face ao mesmo período de 2016, passando de perdas de 103 milhões de euros para um EBIT (earnings before interest and taxes, ou seja, Resultados Antes de Juros e Impostos) favorável de 315 milhões de euros, mais do triplo da COSCO (102 milhões de euros). As restantes oito empresas com resultados positivos tiveram lucros operacionais abaixo dos 83,5 milhões de euros.

O resultado da Maersk Line foi particularmente significativo porque ocorreu apesar das perdas resultantes do incidente informático que afectou a empresa. Igualmente digno de registo foi o facto de a Wan Hai ter sido a única das 12 empresas a registar lucros em todos os segundos trimestres ao longo dos últimos seis anos, embora tenha sido a que registou a menor evolução neste aspecto entre o 2º trimestre de 2016 e o deste ano (cerca de 15 milhões de euros).



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