A CMA CGM assinou um acordo com a Total para o abastecimento de gás natural liquefeito (GNL) destinado aos nove porta-contentores de 22 mil TEU que encomendou recentemente e que, conforme já anunciado, serão todos adaptados para este tipo de combustível, refere o World Maritime News.

Nos termos do acordo, refere o jornal, a Total, através da sua filiada Total Marine Fuels Global Solutions (responsável pela comercialização de combustíveis marítimos), vai fornecer cerca de 300 mil toneladas de GNL por ano durante 10 anos, a partir de 2020, quando os novos navios se juntarem à frota da CMA CGM.

A Total fornecerá uma solução de abastecimento à medida da CMA CGM e pondera contratar um navio para operações de bunkering de GNL em regime de charter para fornecer o combustível na Europa não só a este cliente, mas também a outros clientes na mesma região, refere o jornal.

Paralelamente, ambas as empresas chegaram a um acordo de princípio sobre o potencial de abastecimento de lubrificantes para os novos nove navios, dando à CMA CGM acesso aos produtos Total Lubmarine, assistência técnica e rede de distribuição global da Total.

O mesmo jornal cita Rodolphe Saadé, Chairman e CEO da CMA CGM, segundo o qual o GNL é o combustível de futuro para o transporte marítimo. O mesmo responsável espera que todo o sector venha a beneficiar de novas cadeias de abastecimento geradas por esta “decisão pioneira da CMA CGM”.

Uma decisão que constitui mais um passo da França – quer a CMA CGM, quer a Total, são empresas francesas – rumo ao desenvolvimento do GNL como combustível marítimo, depois do anúncio da própria CMA CGM de que os seus futuros super porta-contentores serão a GNL e de o próprio Governo francês ter manifestado a intenção de adaptar a sua legislação para facilitar a implementação desta modalidade de combustível nos seus portos.