Chegou ao fim o OCEANET, um projecto de Rede de Acção Inicial (Initial Training Network) dedicado à energia eólica offshore e das ondas, destinado a treinar “13 jovens engenheiros da área científica, oferecendo uma boa base técnica, económica, ambiental e social e uma abordagem orientada para o futuro mercado de Energia Renovável Offshore”, refere o WavEC, Centro de Energia Offshore, que coordenou a iniciativa.
Durante quatro anos, esta rede “desenvolveu um número de projectos de investigação inovadores, cada um desenvolvido por um dos formandos de investigação – por um período de 36 meses -, sendo acolhidos por institutos europeus de investigação e desenvolvimento, universidades ou empresas de renome e activos na área”, refere o WavEC, acrescentando que dos 13 investigadores, “10 começaram a fazer o doutoramento”.
A WavEC refere também que “as actividades focaram tópicos como planeamento de parques, implementação, operação e manutenção de dispositivos de energia das ondas e eólica offshore”, tendo sido igualmente “abordado o tema que diz respeito ao desenvolvimento de tecnologias necessárias de suporte à implementação e operação de parques”. A formação foi completada por cursos curtos, no âmbito das energias renováveis offshore, e incluiu estágios em empresas da indústria seleccionadas.
O projecto, que seguiu os exemplos dos programas de formação Wavetrain e Wavetrain2, ambos coordenados pelo WavEC, juntou um consórcio de 10 parceiros europeus, incluindo o Instituto Superior Técnico, e 21 parceiros associados e contou com financiamento do Programa PEOPLE, Acções Marie Curie, do 7º Programa Quadro da União Europeia. O WavEC refere ainda que o OCEANET tem sido representado em conferências e eventos importantes na área de energia eólica offshore e das ondas e que “os resultados das investigações dos formandos foram publicados em jornais científicos de relevo”.
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Lamentável que se aposte tanto no offshore quando nada se faz pelas muitas dezenas de moinhos de água (fluviais e de maré) abandonados. Que poderiam beneficiar de uma reconversão de uso e ser reaproveitados para produzir energia eléctrica. Com menores custos operacionais e contribuindo para a recuperação de um Património Moageiro que urge valorizar. Pois,«Por entre os diversos engenhos arcaicos de moenda que existiram ou ainda existem no nosso país – os moinhos de vento, as azenhas e os moinhos de maré – são estes últimos os mais esquecidos e os mais ignorados; Fernando Castelo-Branco».
Reconversão de uso e aproveitamento que, para além da produção de energia eléctrica, poderia contribuir para fomento do turismo e evitar os problemas ambientais que a derrocada previsível das suas portas de água poderá provocar.