No âmbito das renegociações das concessões portuárias em Lisboa, “os diferentes terminais de serviço público já remeteram os pedidos de prorrogação das concessões ao abrigo dos contratos celebrados” à Administração do Porto de Lisboa (APL), admitiu a presidente da Associação dos Operadores do Porto de Lisboa (AOPL), Andreia Ventura, à revista Cargo (edição 272).
De acordo com esta responsável, “cumprindo-se os requisitos”, os pedidos deverão receber resposta positiva. Mas a decisão deve ser rápida. “Sabemos que que será uma renegociação rigorosa e exigente e, portanto, terá o seu período, mas aquilo que nós gostaríamos era de ter, durante o ano de 2018, esta questão da renegociação encerrada, tão depressa quanto possível”, até porque há um despacho do Governo que estabelece um prazo de três meses para o efeito, “contados a partir de 28 de Fevereiro”, refere Andreia Ventura.
Na mesma conversa, a presidente da AOPL admite que os operadores portuários de Lisboa estão na expectativa relativamente ao futuro terminal do Barreiro e ao facto de poder vir a ser um terminal de contentores ou multi-usos. “O facto de não ser apenas de contentores mas também de multi-usos pode ser interessante. Não constitui menor atractividade”, refere Andreia Ventura. Por outro lado, embora não desdenhe um terminal de águas profundas em Lisboa, entende que o porto de Lisboa “é, sobretudo, um porto de hinterland”.
No plano laboral, e dado que a sua associação representa o Grupo ETE, o Grupo TMB e a Yilport, considera importante a paz social. E admite que “os próprios números espelham que é um fantasma resolvido”, atribuindo importância à intervenção do Governo, ”que permitiu que a paz social fosse alcançada” e ao entendimento entre operadores e estivadores, que “também foram capazes de se juntar em torno desse objectivo e, em conjunto, fazerem com que o porto voltasse a ter essa paz social”.
A propósito da AOPL, e falando meramente a título pessoal, Andreia Ventura não considera benéfica “a existência de mais de uma associação de operadores” e entende que “a união dos operadores do porto de Lisboa lhe atribui mais força”.
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