Um parecer recente do Instituto Islandês da Pesquisa Marítima (Marine and Freshwater Research Institute – MFRI) sobre o stock do bacalhau nas águas islandesas conclui que a biomassa de bacalhau se encontra ao nível dos valores mais altos das últimas quatro décadas. O que levou à subida dos totais admissíveis de captura (TAC) de 13.572 toneladas para um total de 257.572 toneladas (sendo que em 2010 não excediam as 160 mil toneladas), segundo comunicado oficial.
A Directora do Departamento de Alimentação, Pescas e Agricultura da Iceland Stofa, a entidade que promove a Islândia no exterior, salienta que “a situação dos stocks de bacalhau é muito positiva, com os números a subirem praticamente sem interrupções desde 2007, ano em que vários stakeholders do sector da pesca, incluindo o Governo, organizações oficiais e operadores privados, assinaram um acordo para garantir a sustentabilidade da pesca na Islândia”. A mesma responsável considerou que “este acordo impõe uma série de medidas que visam garantir uma pesca responsável” e que “a pesca e os seus derivados são um dos principais sectores da actividade económica da Islândia e lideram, a par do alumínio, a lista de produtos mais exportados”.
Além do bacalhau, foram também analisadas espécies como o alabote da Gronelândia, o cantarilho, o escamudo e a arinca, quase todos também com stocks controlados, à excepção granadeiro, raio estrelado e solha americana, que permanecem com baixos índices. A avaliação, levada a cabo no final do ano passado, entre 4 de Outubro e 9 de Novembro, para aferir a sustentabilidade da pesca na Islândia, foi feita com recurso a captura de peixes com uma rede de arrasto em 375 locais em toda a Islândia a uma profundidade de 1.500 metros. Em Março será realizada nova pesquisa para avaliar as condições dos stocks.
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