Maior evento náutico do ano em Portugal conta com veleiros de todo o mundo
The Tall Ships Races Lisboa 2020

A partir de hoje e até 1 de Maio, decorre o Sines Tall Ship Festival, considerado o maior evento náutico do ano em Portugal, com a presença de veleiros de todo o mundo, incluindo o navio-escola Sagres. A cerimónia de abertura do evento será presidida pela ministra do Mar, Ana Paula Vitorino.

Organizado pelo Turismo do Alentejo – ERT, Câmara Municipal de Sines e Administração dos Portos de Sines e do Algarve (APSA), em parceria com a Aporvela –Associação Portuguesa de Treino de Vela, o evento está orçado em 502.945,49 euros e é co-financiado em 390.788,49 euros pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, no quadro do Programa Operacional Regional do Alentejo (Alentejo 2020).

O evento insere-se no projecto Alentejo Eventos XX – Promoção e Marketing, visando “afirmar a Região Alentejo como destino turístico diferenciado e inovador, através da promoção integrada e articulada de um calendário de eventos culturais com potencial de atracção regional, nacional e internacional de visitantes”, referem os organizadores.

O festival enquadra-se também na regata comemorativa dos 150 anos do Canadá, a Rendez-vous 2017 TallShips Regata, que largou de Greenwhich, no Reino Unido, em 16 de Abril, e terminará em Le Havre, em França, no dia 31 de Agosto.

Durante este período, a regata escalará, além de Sines, no final da primeira etapa, Las Palmas (Ilhas Canárias, Espanha), as Ilhas Bermudas, Boston (Estados Unidos), Halifax e Quebéque (Canadá), antes de voltar a cruzar o Atlântico rumo a França, num trajecto transatlântico de 7 mil milhas náuticas.

Nos quatro dias do festival náutico de Sines, vários veleiros, incluindo a Sagres, estarão abertos a visitas gratuitas do público. Entre os veleiros presentes estarão o STS Amerigo Vespucci (Itália), de 1931, com mais de 100 metros de comprimento, e o Jolie Brise (Reino Unido), totalmente recuperado pelo fundador da Aporvela, Luís Guimarães Lobato, em 1945.

Portugal estará representado em Sines pela caravela Vera Cruz, construída pela Aporvela e que participou na primeira etapa da regata, entre Greenwhich e Sines, pelo Santa Maria Manuela, o NRP Zarco, o NRP Polar e o NTM Creoula, além da Sagres.

Além das visitas aos navios, o festival de Sines contemplará várias iniciativas, como desfiles de tripulações, fogo-de-artifício, concertos e um desfile náutico. Os tripulantes também poderão participar em actividades sociais.

Sines já acolheu a The Tall Ship Races em 2016, que então recebeu 650 mil visitantes, 3.797 tripulantes e 51 navios, segundo a organização. Ainda em 2016, o advertising value equivalency (AVE) das notícias relacionadas com o evento, ou seja, neste caso, o valor monetário das notícias (editorial) a ele referidas, determinado a partir do custo do espaço publicitário, foi de 5,6 milhões de euros. Já o AVE publicitário foi de 6,3 milhões de euros. Este ano, de acordo com Ceia da Silva, presidente da Turismo do Alentejo – ERT, são esperados 300 mil visitantes.

Segundo o mesmo responsável, este “é um evento com grande potencial que, com certeza, vai ter um impacto positivo nas regiões envolventes, não pela divulgação da região alentejana pela comunicação social nacional e internacional, mas também pela transmissão passa-palavra de todos os visitantes que, não só nos voltarão a visitar, como irão passar a ideia a todos os seus conhecidos de que vale a pena visitar Sines e o Alentejo”.

Já José Luís Cacho, presidente da APSA, considera que “esta é uma oportunidade de dar uma visibilidade diferente ao porto; normalmente, o nosso foco está na actividade económica, mas neste caso, os Tall Ships trazem uma vertente mais cultural e ligada ao turismo, o que é benéfico para o porto de Sines; é um evento que permite valorizar o nosso porto, a nossa cidade e todo o Alentejo”.



Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

«Foi Portugal que deu ao Mar a dimensão que tem hoje.»
António E. Cançado
«Num sentimento de febre de ser para além doutro Oceano»
Fernando Pessoa
Da minha língua vê-se o mar. Da minha língua ouve-se o seu rumor, como da de outros se ouvirá o da floresta ou o silêncio do deserto.
Vergílio Ferreira
Só a alma sabe falar com o mar
Fiama Hasse Pais Brandão
Há mar e mar, há ir e voltar ... e é exactamente no voltar que está o génio.
Paráfrase a Alexandre O’Neill