Greve é fundamentada em práticas anti-sindicais por parte de empresas portuárias e consiste em abstenção ao trabalho por um período de 24 horas
Drewry

 

O Sindicato Nacional dos Estivadores, Trabalhadores do Tráfego, Conferentes Marítimos e Outros declarou greve ao trabalho nos portos de Lisboa, Setúbal, Sines, Figueira da Foz, Leixões, Caniçal, Ponta Delgada e Praia da Vitória entre as 08H00 do dia 27 de Julho de 2018 e as 08H00 horas do dia 28 de Julho de 2018, conforme pré-aviso feito no passado dia 12 de Julho.

 

De acordo com o sindicato, a greve fundamenta-se em “práticas anti-sindicais”, que classifica de “criminosas” e particularmente graves nos portos de Leixões e do Caniçal, verificadas em vários portos nacionais, como suborno, assédio moral, coacção, discriminação, ameaças de despedimento e chantagem salarial, conforme consta do pré-aviso de greve.

 

Para o sindicato, estes comportamentos, protagonizados ou induzidos por empresas portuárias, ”em inúmeros casos coniventes com os sindicatos locais”, pretendem colocar os trabalhadores “uns contra os outros” e “evitar que os mesmos procedam à sua sindicalização de forma livre e consciente”.

 

Destes comportamentos, que o sindicato considera servirem para beneficiar “alguns agentes no terreno”, resultam a diminuição da “qualidade e produtividade dos serviços prestados nos portos”, “maior precarização da mão-de-obra portuária” e um “brutal aumento dos níveis de sinistralidade”.

 



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