O transporte marítimo vai ultrapassar largamente as alterações climáticas como gerador de pragas não indígenas na biodiversidade marinha nas próximas décadas, concluiu um estudo de investigadores da Universidade de McGill, do Canadá, financiado pelo Natural Sciences and Engineering Research Council of Canada e recentemente publicado no jornal Nature Sustainability, refere o Safety4Sea.
Segundo o estudo, o risco de disseminação de espécies invasivas trazidas pelos navios, essencialmente através das águas de lastro e dos cascos dos navios, aumentará entre três e vinte vezes até 2050, resultante do aumento do tráfego marítimo, provocando prejuízos estimados em biliões de dólares. Concluiu-se ainda que o transporte marítimo é responsável por 60 a 90 por cento da invasão de espécies marinhas.
De acordo com Anthony Sardain, coordenador chefe do estudo, citado pelo Safety4Sea, “para compreender como é que as invasões biológicas irão modificar-se, precisamos de entender como irão mudar os padrões do transporte marítimo”, acrescentando que o seu estudo “sugere que, senão forem tomadas medidas adequadas, é possível prever um aumento exponencial desse tipo de invasões, com potenciais grandes consequências económicas e ecológicas”.
- Ainda o dilema da Mineração em Mar Profundo
- Para salvar os oceanos e os cetáceos temos de actuar já
- Para Celebrar o Dia da Terra _ e do Mar também…
- Bandeira Azul não se aplica apenas às praias mas também a Marinas e Marítimo-Turística
- Os quatro anos da Fundação Oceano Azul e a importância das AMP
- 14 Municípios já aceitaram competências para gerir praias
- Nem só de plásticos morrem os animais marinhos
- Foram resgatadas três baterias poluentes perto da Ilha de Culatra