O Safety4Sea voltou a colocar esta questão em cima da mesa e inquiriu a comunidade do shipping, que não acredita no transporte totalmente autónomo.
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Numerosas estatísticas apontam para o erro humano como causa da maioria dos acidentes marítimos, mas será que uma navegação autónoma poderá resolver esses problemas? As opiniões entre a comunidade do transporte marítimo são díspares: 84% dos inquiridos num estudo levado a cabo pelo Safety4Sea refere que a tripulação a bordo, no futuro, é essencial. Apenas 10% emitiu opinião contrária, sendo que 6% refere que tripulação é necessária apenas em zonas de muita movimentação.

Resultados que, demonstrando a percepção da comunidade sobre o assunto, não deixam de ser secundários em relação à importância primária da segurança a bordo e das questões de sustentabilidade em voga, pode ler-se no estudo.

Note-se que no mês passado, também a IMarEST divulgou um relatório que conclui que a transição para a nova era autónoma será levada a cabo, sector por sector, no entanto, sendo ainda desconhecidos os factores necessários em cada sector para uma adopção plena, a transição será lenta. No sector marítimo, 85% dos entrevistados concordaram que as habilidades dos marítimos continuarão a ser uma componente essencial no futuro.

Uma outra pesquisa recente do Safety4Sea, já tinha concluído que a maioria (71%) dos marítimos acreditava que os marinheiros não poderiam confiar totalmente em sistemas autónomos. A falta de conhecimento e interdependências imprevistas vão ser desafios a esta transição e serão igualmente urgentes alterações nas convenções marítimas sobre o assunto.



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