Representantes dos sectores marítimos do Reino Unido e de Hong-Kong assinaram Memorando de Entendimento
Maritime London

A indústria britânica de serviços marítimos não perde tempo e já está a preparar o futuro pós-Brexit. A par de uma oportunidade mediática para defender a autonomia negocial do Reino Unido após a saída da União Europeia (UE), a London International Shipping Week, que decorre até 15 de Setembro, já serviu de palco para a formalização de um Memorando de Entendimento entre a prestadora de serviços à indústria marítima Maritime London e a Hong Kong Maritime & Port Board (HKMPB), uma entidade criada pela Administração de Hong-Kong para coordenar a estratégia marítima daquela região, que já foi colónia britânica e é hoje parte integrante da China.

Segundo o World Maritime News, o acordo prevê a cooperação entre as duas entidades em diversas áreas da indústria marítima, incluindo actividades promocionais e partilha de treino e formação em boas práticas na prestação de serviços marítimos. E compreende-se esta aproximação. De acordo com jornal, o comércio e a logística representam 22% do Produto Interno Bruto (PIB) de Hong-Kong. Do lado britânico, o mesmo meio recorda que os serviços marítimos do Reino Unido, que incluem serviços financeiros, jurídicos, de agenciamento, de formação e actividade seguradora, representam 3,8 mil milhões de euros para a economia do Reino Unido.

A propósito deste memorando, o jornal cita responsáveis de ambas as entidades. Para Lord Mountevans, chairman da Maritime London, “quer o Reino Unido, quer Hong-Kong olham para além das suas fronteiras e fornecem serviços marítimos de nível mundial a armadores, fretadores e comerciantes globais; este acordo está concebido para ajudar os sectores britânico e de Hong-Kong a colaborar e a prosperar com o apoio das respectivas organizações representativas”. Para Chan Fan, Frank, JP, Secretário dos Transportes e Habitação do Governo de Hong-Kong, Londres e Hong-Kong são hubs marítimos e comerciais internacionais que “partilham uma perspectiva externa e um espírito empreendedor; ambos servem regiões para além das suas fronteiras e têm um futuro entusiasmante pela frente”.



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