Esta é uma conclusão do Banco Goldman Sachs, com base nas suas estimativas sobre o número de navios com scrubbers instalados a partir de 2020, quando entrarem em vigor as novas regras da IMO sobre combustíveis marítimos
Decreto n.º 26/2018

O uso de exaustores de gases de escape dos navios (scrubbers) e de combustíveis marítimos não autorizados irão atrasar significativamente a transição para um transporte marítimo baseado em combustíveis de baixo teor de enxofre depois de 2020, estima um relatório do Banco Goldman Sachs recentemente publicado e citado pela Maritime Executive.

Segundo a publicação, os analistas do Banco estimam que em 2020 existirão mais de 3 mil navios com scrubbers, bastante acima de outras estimativas que antecipam entre 1.700 e 2 mil navios equipados com o mesmo sistema nessa data. E deverão ser instalados nos navios que consomem mais combustível, ou seja, nos maiores navios. O Banco calcula igualmente que actualmente 15% da frota mercante mundial consuma metade do combustível que abastece os navios.

O recurso aos scrubbers, mesmo que em pequena escala, terá impacto no ritmo da transição de combustíveis pesados para combustíveis com menor teor de enxofre, retardando essa transição, que seria mais célere se em vez dos exaustores os armadores optassem pelo combustível com menos enxofre. E contribuirão para manter uma procura de cerca de um milhão de barris diários de combustível pesado, que desapareceria se o combustível fosse diferente.



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