Apesar dos altos índices de eficácia e de todo o êxito da salvaguarda da vida humana do mar, atingindo em 2015 valores na ordem dos 97% de eficácia, correspondendo ao salvamento de 487 pessoas em 611 intervenções, contando-se todavia com outras 15 perdidas, sob o ponto de vista da organização, nem está tão bem como os números fazem crer.
De facto, como foi referido na Conferência promovida pela PwC na casa do Infante exactamente sobre o tema, Salvaguarda da Vida Humana no Mar, algumas questões colocam-se hoje com especial acuidade, como sejam, entre outras, a falta de formação prática e contínua para quem faz do mar a sua vida, a falta de recursos humanos em algumas áreas, como é exemplo máximo o caso do ISN (Instituto de Socorros a Náufragos) que, dos 130 elementos que deveriam compor os seus quadros de pessoal, dispõe hoje apenas de 68, ou seja, de 58% do total, com a agravante da média de idade ultrapassar já os 50 anos.
Para além disso, importa igualmente não esquecer as responsabilidades de Portugal por uma área SAR (Busca e Salvamento) no Atlântico na ordem 5 Milhões Km2, bem como uma extensão de costa de 1 869 Km, 1 250 km dos quais de área balnear, por onde passam mais de 63 milhões de banhistas por verão.
No caso das intervenções balneares, independentemente do excelente trabalho realizado pelo ISN, como igualmente referido, para o êxito e declínio das vidas perdidas no mar, muito têm contribuído os surfistas que, em não raros casos, têm tido um papel decisivo no salvamento de muitas vidas.
A iniciativa da PwC na casa do Infante respeitou também a uma pré-apresentação da 6ª edição do estudo, «LEME – Barómetro PwC da Economia do Mar – Portugal» e a 1ª edição de “Circum-navegação: LEME Mundo”, a serem integralmente revelados no próximo dia 13 de Janeiro, no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa.
Para quem quiser aceder desde já ao estudo, http://www.pwc.pt/pt/publicacoes/salvaguarda-vida-humana-mar.html
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