Numa entrevista recente, o presidente da Associação de Armadores da Marinha de Comércio (AAMC) também manifestou preocupação com a instabilidade laboral em portos nacionais. Mas revelou satisfação com o novo regime de tonnage tax, que contribuirá para aumentar a competitividade dos armadores nacionais e atrair novos armadores ao registo convencional de navios
Rui Raposo

Em entrevista recente à Transportes em Revista, o presidente da Associação de Armadores da Marinha de Comércio (AAMC), Rui Raposo, manifestou grande satisfação com a aprovação oficial do chamado regime de tonnage tax ao sector do transporte marítimo, na linha do que a própria associação vem defendendo desde 2000.

Porque confere “aos armadores portugueses, pelo menos, as mesmas condições de competitividade que usufruem os restantes armadores da União Europeia” e “vai ser o grande fundamento para os que os armadores portugueses mantenham os seus navios registados em Portugal”, argumenta Rui Raposo.

Para o presidente da AAMC, porém, a competitividade dos armadores nacionais, implica também “transformar os actuais apoios conjunturais anuais em apoios mais estruturantes, plurianuais, a cinco anos”, “melhorar aquilo em que já somos bons”, como a Janela Única Portuária e Janela Única Logística, melhorar acessos ferroviários e rodoviários aos portos, permitir as operações portuárias 24 horas por dia, “reduzir o compressing time dos navios nos portos” ou adquirir especialização “em determinados nichos onde a sua especialidade seja entendida como uma mais-valia, um factor diferenciador”.

Paralelamente, Rui Raposo manifestou preocupação com a necessidade de “prorrogação das concessões portuárias da margem norte do rio Tejo”, que considera urgente, “porque é necessário fazer investimentos nestes terminais e os operadores têm de saber com o que podem contar”. No plano portuário, manifestou igualmente preocupação face à instabilidade laboral em portos nacionais e defendeu o cumprimento, pelas partes envolvidas, daquilo que “deu tanto trabalho a ser acordado”.



Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

«Foi Portugal que deu ao Mar a dimensão que tem hoje.»
António E. Cançado
«Num sentimento de febre de ser para além doutro Oceano»
Fernando Pessoa
Da minha língua vê-se o mar. Da minha língua ouve-se o seu rumor, como da de outros se ouvirá o da floresta ou o silêncio do deserto.
Vergílio Ferreira
Só a alma sabe falar com o mar
Fiama Hasse Pais Brandão
Há mar e mar, há ir e voltar ... e é exactamente no voltar que está o génio.
Paráfrase a Alexandre O’Neill