No final de 2018, existiam 1.306 navios registados no Reino Unido, correspondentes a uma tonelagem bruta (gross tonnage) de 16 milhões, menos 1% do que em 2017, segundo dados oficiais da Agência Marítima e da Guarda Costeira britânica (MCA). E dados da IHS Global referem que na mesma data a frota comercial registada no país correspondia a 0,8% do porte bruto (deadweight tonnage) e a 1,1% da tonelagem bruta da frota mundial.
Entretanto, um relatório (Maritime Growth Study, ou MGS) de 2018 referia que a MCA pretendia aumentar a tonelagem bruta da frota registada no Reino Unido para 30 milhões e melhorar a qualidade dos armadores e dos navios para que a idade média de 90% dos navios da frota comercial internacional do país com mais de 500 toneladas brutas seja igual ou inferior a 10 anos.
Além disso, a frota de navios do Reino Unido detidos ou geridos no país é maior do que a frota comercial lá registada, representando 4% da frota mundial em porte bruto. Em 2018, o volume de porte bruto de navios detidos ou geridos no Reino Unido em 2018 aumentou face ao ano anterior, mantendo uma tendência de anos recentes. Recorde-se que, apesar da quebra de 1% em 2017, a tonelagem bruta dos navios registados no Reino Unido aumentou 16% desde 2014, quando existiam 1.327 navios registados no país.
Esta tendência para um aumento da tonelagem bruta desde 2014 seguiu-se a cinco anos de quebra na frota registada no Reino Unido, durante os quais várias grandes empresas preferiram registar os navios fora do país por motivos comerciais.
Voltando a 2018, no final desse ano, o Reino Unido ocupava o 18º lugar em porte bruto de navios registados a nível mundial (Portugal ocupava o 15º), num ranking chefiado pelo Panamá (1º), Libéria (2º), Ilhas Marshall (3º), Hong-Kong (4º) e Singapura (5º). O primeiro país europeu era Malta (6º, na classificação geral) e Portugal era o quinto, excluindo o registo dos navios da Insígnia Vermelha (que inclui os navios do Reino Unido, dependências da Coroa e territórios britânicos ultramarinos).
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