Depois de três anos menos bons, a produção de petróleo e gás no Golfo do México revela sinais de recuperação, que poderá consolidar-se a partir de 2019, refere uma consultora. Mas para ter êxito, são necessários investimentos em tecnologia de alta pressão e alta temperatura
PALP

A produção de petróleo e gás em águas profundas dos Estados Unidos no Golfo do México pode estar em vias de recuperar em 2018, segundo refere o World Maritime News com base numa análise da consultora em energia Wood Mackenzie. Depois de três anos maus, esta recuperação, a verificar-se, pode assinalar o arranque de uma dinâmica positiva da actividade nesta região mesmo para além de 2019.

Segundo o jornal, a consultora atribui à redução de custos, que torna a actividade mais competitiva, e a novos padrões de eficiência operacional esta reviravolta no Golfo do México. A consultora indica mesmo que a produção de petróleo e gás e águas profundas no Golfo do México poderá atingir um recorde em 2018, superando o recorde anterior, de 2009.

No entanto, embora 2018 surja promissor em termos de produção naquela região, a exploração deverá permanecer estável. E mesmo a produção não deverá acompanhar em toda a extensão a tendência global para a produção de petróleo e gás em águas profundas à escala global. Pelo contrário, a expectativa é a de descobertas de em volumes inferiores aos de outras zonas de águas profundas do globo.

William Turner, analista da Wood Mackenzie citado pelo jornal, refere também que o futuro da produção no Golfo do México não se compadece com sistemas convencionais e sugere que aquela só é sustentável com investimentos em tecnologias de alta temperatura e muito alta pressão. Mas admite que este tipo de incentivos, a ponto de tornar esta produção e exploração tão competitivas como em reservas do Brasil ou México, requerem prazos mais longos do que os seguidos nos campos convencionais.

O mesmo responsável refere igualmente que a tecnologia digital, designadamente no que respeita à imagem, tem elevado potencial para aumentar a competitividade da produção em águas profundas e que 2018 será um ano de discussão entre os industriais do sector e os políticos sobre a política fiscal aplicável à produção no Golfo do México.

 



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