Segundo o mais recente relatório da UTAP (Unidade Técnica de Acompanhamento de Projectos) do Ministério das Finanças, as receitas portuárias dos portos do continente relativas ao terceiro trimestre de 2016 totalizaram 16,428 milhões de euros, correspondendo assim a um decréscimo na ordem dos 6% em relação ao período homólogo de 2015, quando se tinham atingido 17,463 milhões de euros, bem como a uma queda na casa dos 4% em termos acumulados no que respeita aos três primeiros trimestres de 2016, atingindo-se apenas 51,618 milhões de euros contra os 53,513 alcançados em 2015 em igual período.
Embora estes valores, como a própria UTAP não deixa de chamara a atenção, respeitem essencialmente a fluxos financeiros e não a facturação, significando assim não existir uma perfeita, directa e estrita correspondência entre estas mesmas receitas e os volumes de carga movimentados, uma vez englobarem essencialmente o valor das rendas a serem pagar, onde existe, como também se sabe, uma parte fixa e uma parte varável, não deixam porém de marcar e antecipar uma certa efectiva tendência de evolução do mercado, tanto mais quanto representam já cerca de 74% de quanto é esperado ser realizado em termos anuais nos portos analisados, Douro e Leixões, Aveiro, Lisboa, Setúbal e Sines.
Nesse sentido, não deixa de ser significativo, por exemplo, ter sido Sines o único porto a presentar um crescimento no terceiro trimestre de 2016 em relação ao período homólogo de 2015, marginal, na casa de 1%, mas ainda assim, crescimento, quando o Porto do Douro e Leixão caiu na mesma percentagem e a descida em Aveiro atingiu os 3%, mantendo-se Setúbal praticamente sem alteração mas Lisboa, com uma acentuada queda de 28%, a manifestar alguma dificuldade de recuperação, tal como já verificado em trimestres anteriores, a marcar decisivamente o menor desempenho do terceiro trimestre.
Analisados cumulativamente os três primeiros trimestres, a quesd de receitas verificada em Lisboa atenua-se, porém, sedo apenas de 17%, ficando Leixões praticamente sem alteração, subindo Sines 1%, Setúbal 2% e Aveiro 3%.
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