Já está em execução o projecto de arquitectura do futuro Observatório do Mar a instalar em Sines e que será um equipamento para promover todo o património do concelho ligado ao mar, referiu-nos a Câmara Municipal de Sines (CMS). Posteriormente, vão seguir-se os “projectos de especialidades (que estão em fase de contratação) e a elaboração e concepção dos conteúdos”, afirmou-nos a autarquia.
Recorde-se que recentemente foram divulgadas notícias dando conta da prioridade atribuída pela CMS a este projecto no âmbito das suas Grandes Opções do Plano 2018-2021, o qual se insere na sua estratégia para preservar o património cultural e histórico de Sines, “da qual fazem parte também a operação de recuperação da fábrica de Salgas Romanas localizada junto ao Castelo, em fase de conclusão, bem como a criação de um Parque Arqueológico Subaquático, que se instalará junto ao molhe do porto de pesca, mesmo em frente dos Armazéns da Ribeira”, referiu a autarquia a nosso jornal.
Segundo apurámos junto da CMS, “o ponto de partida foi a existência de um conjunto edificado de grande valor histórico e arquitectónico, os antigos Armazéns da Ribeira, que serviram de apoio à pesca artesanal e, no passado, configuraram parte das estruturas defensivas do antigo porto de pesca” (na foto, uma imagem actual das futuras instalações).
Verificou-se então que, “depois de reabilitado, este equipamento teria as condições necessárias para receber um equipamento onde pudesse ser promovido todo o património de Sines ligado ao mar”, desde a “actividade piscatória milenar, à figura de Vasco da Gama, passando pela importância deste porto no contexto das rotas atlânticas”, referiu-nos a CMS. Por isso, é aí que ficará instalado, junto ao porto de pesca, ocupando uma área bruta de 1.330 m2.
De acordo com a CMS, “neste momento, está prevista a criação, numa primeira fase, de um espaço interactivo dedicado às viagens de Vasco da Gama à Índia e de outro dedicado às ciências do mar” e numa segunda fase, pretende-se “criar um espaço dedicado à actividade piscatória”. As obras devem ter início em 2018 e estar concluídas até ao final de 2019 ou início de 2020, esclareceu-nos a autarquia.
O Observatório do Mar é um projecto de promoção municipal, sem exclusão de parcerias com universidades, “sobretudo para a criação dos conteúdos históricos e científicos”. O custo previsto, “incluindo reabilitação do edificado e conteúdos, é de 1 milhão e 700 mil euros”, referiu-nos a CMS, acrescentando que existe a expectativa de assegurar o financiamento através de fundos comunitários, “no âmbito do programa operacional Alentejo 2020”, e de recursos do município, a quem caberão também os custos de manutenção. A autarquia esclareceu também que ainda não foi submetida qualquer candidatura a co-financiamento por fundos europeus.
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