Dois estaleiros turcos e um dos Estados Unidos são os primeiros não europeus a integrarem a lista de instalações para reciclagem de navios credenciadas pela União Europeia
Estaleiros de reciclagem

A Comissão Europeia publicou a quarta edição da Lista Europeia de instalações credenciadas para reciclagem de navios, com seis novos estaleiros, três dos quais são os primeiros não europeus a integrarem a lista, referem vários meios de comunicação internacionais.

Os três primeiros estaleiros não europeus para reciclagem de navios admitidos nesta lista são o Leyal Gemi Söküm Sanayi ve Tícaret Ltd, o Leyal Demtaș Gemi Söküm Sanayi ve Ticaret A.Ș e o International Shipbreaking Limited L.L.C.. Os dois primeiros situam-se em Aliaga, na Turquia, e o último no Texas, nos Estados Unidos.

Os restantes três que entram de novo são todos europeus: o Turku Repair Yard, na Finlândia, o San Giorgio del Porto S.p.A., na Itália, e o Modern American Recycling Services Europe, na Dinamarca. Os estaleiros asiáticos, tradicionalmente associados a más condições ambientais e laborais da reciclagem de navios, permanecem excluídos da lista.

Recorde-se que oportunamente, a Associação de Armadores da Comunidade Europeia (ECSA, na sigla inglesa), manifestou a opinião de que os estaleiros exteriores à União Europeia (UE) deviam ser incluídos nesta lista, desde que cumprissem os requisitos de segurança e ambiente, entre outros, exigidos pelas regras europeias. E que a partir de 31 de Dezembro deste ano, de acordo com as novas regras europeias, todos os navios com pavilhão da UE terão que ser reciclados em estaleiros incluídos nessa lista.

De acordo com Safety4Sea, a capacidade de reciclagem dos estaleiros constantes da lista europeia é de 1,3 LDT (light displacement tonnage, ou toneladas de deslocamento de navio, que significa o preço da aquisição de navios para reciclagem, por tonelada e sem carga, abastecimentos, combustíveis e tripulações). Por outro lado, os armadores europeus possuem 35% da frota mundial de navios, a maior parte dos quais reciclados nos estaleiros asiáticos, que pagam mais pelos navios em fim de vida do que os europeus.



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