A autarquia refere 5 a 6 milhões de euros. A ministra fala de 4 a 5 milhões. Mas ambas parecem coincidir em que a situação nos portos de pesca e comercial da Figueira da Foz é grave e requer apoios para a sua reconstrução
Porto da Figueira da Foz

Os prejuízos provocados pelo furacão Leslie no porto da Figueira da Foz ascendem de 5 a 6 milhões de euros, segundo uma estimativa provisória da Câmara Municipal, na linha do que já aqui anunciáramos, adiantando que os danos naquele porto seriam da ordem dos milhões de euros. No total, os danos no concelho deverão rondar os 32 milhões de euros, segundo uma avaliação igualmente provisória.

De acordo com o jornal Observador, a estimativa sobre o porto do concelho incide na “área de domínio público marítimo tutelada pela Administração do Porto da Figueira da Foz”, excluindo assim os “danos sofridos em infra-estruturas públicas adstritas à actividade portuária, que somam 570 mil euros” e que se juntam aos cerca de 32 milhões de euros calculados pela autarquia relativamente aos prejuízos globais.

Diz ainda o Observador, com base em declarações da vereadora com o pelouro do Urbanismo Planeamento e Ordenamento do Território da Câmara Municipal da Figueira da Foz, Ana Carvalho, que a estimativa preliminar foi enviada à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDR-C), por solicitação desta entidade.

Entretanto, a ministra do Mar visitou ontem os portos de pesca e comercial da Figueira da Foz, conforme previsto, tendo classificado de “muito grave” a situação que ali se verifica. “Nós temos uma situação muito grave na Docapesca, mas também no porto comercial e, para além disso, quer àquilo que diz respeito à indústria do pescado, quer às aquaculturas que tiveram graves problemas, e às pescas”, referiu a ministra à imprensa.

Na ocasião, segundo a imprensa, Ana Paula Vitorino terá estimado entre 4 a 5 milhões de euros o valor dos prejuízos na economia do mar da Figueira da Foz resultantes do temporal que assolou o concelho no passado Sábado. Uma estimativa que, porém, ainda não é rigorosa.

Para fazer face a esses prejuízos, a ministra aludiu às capacidades próprias da Docapesca e à administração portuária local, bem como a financiamento do Mar 2020. Mas terá referido igualmente que uma decisão sobre apoios à reconstrução das áreas afectadas será tomada hoje em Conselho de Ministros.



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