Dados da AMT referem que nos primeiros 11 meses de 2017, os portos do Continente movimentaram o maior volume de carga de sempre (88,8 milhões e toneladas) neste período
Autoridade da Mobilidade e dos Transportes

De Janeiro a Novembro, inclusive, os portos do Continente movimentaram 88,8 milhões de toneladas de carga, mais 3,9% do que em 2016 no mesmo período, refere um relatório ontem divulgado pela Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT). Foram igualmente movimentados 2,76 milhões de TEU, mais 11% do que no período homólogo de 2016. Em ambos os casos verificaram-se os movimentos mais elevados de sempre neste período.

No caso do movimento geral de carga, a marca “reflecte a situação registada nos portos de Leixões e de Aveiro, que excedem em +3,8% e +11,6% os respectivos máximos anteriores, observados em 2015 em ambos os casos”, refere a AMT. Já o porto de Sines “influenciou negativamente o desempenho global do sistema portuário ao registar um recuo de -0,9% face ao volume homólogo movimentado em 2016, que corresponde a -406,4 mil toneladas”, refere a AMT.

No entanto, esta quebra no porto de Sines traduz apenas a “incapacidade de anular o efeito travão associado ao transbordo circunstancial de 1,7 milhões de toneladas de Petróleo Bruto que teve que efectuar (extraordinariamente) em 2016 para possibilitar o abastecimento da refinaria de Matosinhos” e não qualquer abrandamento da sua dinâmica de crescimento, sublinha a AMT.

Em TEU, os dados reflectem o desempenho do porto de Sines que excede em +14,3% o volume homólogo de 2016, refere a AMT. Porém, “a variação mais expressiva do volume de TEU movimentado” nestes 11 meses de 2017 face a 2016 “verifica-se no porto de Lisboa e tem subjacente uma taxa de +29,6%, confirmando o percurso de recuperação do tráfego desviado, em especial para Leixões e Setúbal, por efeito das perturbações laborais”, refere a AMT, acrescentando que a trajectória do porto de Lisboa “faz-se sentir no recuo destes dois portos para valores alinhados com as trajectórias naturais, que se traduz em quebras respetivas de -3,5% e de -2,3%, face a 2016”.



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