Os portos do Continente movimentaram 7,7 milhões de toneladas em Janeiro, o segundo valor mais elevado de sempre, não obstante não deixar representar uma quebra homóloga de 7,5%.
APDL

De acordo com o mais recente relatório da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes, AMT, publicado ontem, o desempenho dos portos esteve, porém, longe de ser homogéneo, verificando-se mesmo, por um lado, um crescimento homólogo global tanto em Aveiro e Leixões, como em Lisboa, não obstante, por outro, tanto Setúbal como Sines ou Faro, terem sofrido uma queda nos volumes movimentados.

De facto, de acordo com os dados da AMT, enquanto Aveiro chegou mesmo a conseguir um crescimento na casa dos 43%, movimentando mais 152,2 mil toneladas no total, Leixões um crescimento de 2,1%, com mais 34,9 mil toneladas movimentadas, e Lisboa um crescimento de 3,1%, reflexo também de um aumento de 29,2 mil toneladas igualmente movimentadas.

Ainda no capítulo dos bons desempenhos, embora portos de menor dimensão, tanto a Figueira da Foz como Viana do Castelo conseguiram igualmente significativos aumentos de carga movimentada, atingindo mesmo a Figueira da Foz um crescimento de 36,4%, com mais 52,6 mil toneladas movimentadas, e Viana do Castelo um crescimento de 55,2%, com mais 13,5 mil toneladas.

Sines, pelo contrário, movimentando na globalidade menos 878,3 mil toneladas, apresentou mesmo um crescimento negativo na ordem dos 18,8%, representando também o caso de queda mais significativo e com maior reflexo e implicações nos dados globais, não obstante Setúbal e Faro terem apresentado igualmente um crescimento negativo de 3,6% e 45,8%, embora, em termos absolutos, o valor agregado de queda no volume movimentado se tenha ficado pelas 25 mil toneladas.

De relevante para o decréscimo global do movimento de carga nos portos dos portos em Janeiro, há ainda a destacar comportamento menos positivo dos vários tipos de carga em Sines, com o registo de uma quebra de

-22,8% nos Contentores, de 14,1% tanto nos Produtos Petrolíferos e no Petróleo Bruto, bem como de 22% no Carvão.

Embora com um resultado, como visto, globalmente positivo, Leixões não deixou de verificar igualmente uma acentuada perda, na ordem dos 66%, no caso dos Minérios, compensada, porém, por um acréscimo de 38,9% no Petróleo Bruto.

Os produtos Agrícolas obtiveram, entretanto, crescimentos igualmente significativos em Aveiro, atingindo neste caso mesmo uma taxa na ordem dos 139,4%, taxa mais modesta em Lisboa que se ficou na casa dos 27%.

 

A terminar, importa referir também que os resultados em Janeiro reflectem igualmente um decréscimo nos volumes movimentados em termos de exportação que se espera, naturalmente, que seja apenas pontual e não uma tendência a manter-se e menos ainda a acentuar-se.

Para leitura pormenorizada do Relatório da AMT, basta seguir este link.



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