O porto de Sines adquiriu recentemente à JGarraio novo equipamento contra a poluição por hidrocarbonetos, no contexto de um esforço organizacional e económico para dotar a infra-estrutura de meios modernos para este efeito
Porto de Sines

“Há um esforço organizacional e económico para capacitar o porto de Sines com equipamento de última geração”, designadamente em matéria de combate à poluição, reconheceu ontem Duarte Lynce de Faria, do Conselho de Administração do Porto de Sines (APS), durante um workshop sobre «Prevenção e Combate à Poluição do Mar por Hidrocarbonetos no porto de Sines».

Nesse sentido, a APS adquiriu recentemente algum equipamento de protecção e contenção contra derrames. Por um contrato no valor de 438.250 euros com a JGarraio, o porto de Sines adquiriu barreiras do Tipo Insuflável Vikoma Sentinel (1500 m), uma barreira do tipo “Fence”, com flutuador vertical Vikoma Vikoflex (2600 m) e três sistemas Vikoseal ship to ship.

Na ocasião, Miguel Mourão, da APS, divulgou algumas iniciativas que os responsáveis do porto e Sines têm em vista, como a ampliação e optimização do sistema de fixação de barreiras de contenção e a criação de protótipo telecomandado para passagem de barreiras de contenção inicial (em fase de análise de viabilidade técnica com o Instituto Superior Técnico).

Duarte Lynce de Faria, por seu lado, referiu o propósito de, a partir da Janela Única Portuária (JUP), aceder ao cadastro dos navios que chegam ao porto de Sines, o que permitirá, poer exemplo, fazer a monitorização do histórico das inspecções PSC dos navios que pretendem escalar o porto, dotando a autoridade portuária do conhecimento sobre as operações que os navios estão capacitados para fazer.

Miguel Mourão aproveitou a ocasião para expôr à audiência o rol de equipamentos sobre combate a poluição por hidrocarbonetos do porto de Sines reportados à Agência Europeia de Segurança Marítima (EMSA, na sigla inglesa), nas áreas de protecção e contenção, recuperação, absorção, armazenamento e logística.

A sessão também serviu para Duarte Lynce de Faria divulgou também que a APS está a rever os seus procedimentos de emergência e de bunkering (abastecimento de combustível), recordando que nada se faz no porto sem a colaboração de todos, incluindo a própria APS, os concessionários e os oficiais de segurança das instalações.



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