Entre Janeiro e Setembro (inclusive), o movimento de mercadoria no porto de Roterdão cresceu 2%, essencialmente induzido pelo crescimento de 10,1% no movimento de contentores. Mas não só. E na carga ro-ro, que também teve mais movimento, o fluxo para novos mercados, como Portugal, foi relevante.
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Nos primeiros nove meses deste ano, o porto de Roterdão, na Holanda, registou um movimento de carga de 351,5 milhões de toneladas, mais 2% do que igual período do ano anterior, refere o World Maritime News. De acordo com o jornal, este crescimento fica dever-se essencialmente ao aumento no movimento de contentores (10,1%) e nos segmentos de carga fraccionada e granéis agrícolas. Paralelamente, refere-se que existem expectativas de um crescimento de um a dois por cento no movimento de carga em 2017, face a 2016.

No caso dos contentores, que passaram de 9,3 milhões de TEU para 10,2 milhões de TEU neste período, segundo o jornal, os responsáveis do porto atribuem este crescimento a vários factores, como a posição favorável de Roterdão nos novos alinhamentos de rotas das novas alianças de navegação, aumento da produtividade e movimento de volumes nos terminais Maasvlakte 2 e capacidade de atracção de Roterdão como porto de transbordo (transhipment) relacionada com maiores dimensões de navios e opções relay/feeder de e para outros portos europeus.

O jornal refere também que o movimento nos granéis sólidos cresceu 14,1%, para 61,1 milhões de toneladas, e que nos granéis agrícolas o aumento foi de 14,7%, sempre nos primeiros nove meses deste ano em comparação com igual período de 2016. No segmento de ro-ro também se verificou um crescimento (6,6%), essencialmente devido ao aumento do fluxo deste tipo de carga para o Reino Unido e para novos mercados, como Portugal, Islândia e Escandinávia.

No período em referência, registou-se também uma diminuição de 4,2% no movimento de granéis líquidos, para 161,5 milhões de toneladas. Já no que respeita ao segmento de produtos petrolíferos em geral, e apesar do aumento de 3,5% no movimento de crude, o porto de Roterdão registou uma diminuição ao longo do terceiro trimestre, provocada pela diminuição da importação e da exportação de fuel oil.



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