Apesar dos portos do continente terem registado um acréscimo de 3,3% no movimento de carga e de 0,9% no número de escalas e 10% na arqueação bruta, face ao 1º trimestre de 2018, a AMT identifica perdas de mercadoria e escalas nalguns portos, designadamente no de Lisboa, que perdeu 6,2% de carga e 0,5% em número de escalas.
Comunidade Portuária de Leixões

Os portos do continente movimentaram 22,7 milhões de toneladas de mercadoria no primeiro trimestre, mais 725 mil toneladas, ou 3,3%, do que no período homólogo de 2018, anunciou a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT).

Por portos, o mais importante para este resultado foi o de Sines, que movimentou mais 642 mil toneladas (+5,8%), apoiado pelo de Leixões, que movimentou mais 235 mil toneladas (+5,3%). Menor contributo foi dado pelos portos de Setúbal (mais 83 mil toneladas, ou +4,9%), Viana do Castelo (mais 18 mil toneladas, ou +19,5%) e Faro (mais 3 mil toneladas, ou +23,5%).

O porto de Lisboa continua em perda, tendo registado menos 177 mil toneladas de carga movimentada (-6,2%), juntando-se às quebras dos portos de Aveiro (menos 60 mil toneladas, ou -1,4%) e Figueira da Foz (menos 19 mil toneladas, ou -12,6%). Perdas que, porém, foram anuladas pelos movimentos positivos dos outros portos, refere a AMT.

Por tipo de carga, segundo a AMT, a que “maior efeito teve para este desempenho positivo foi a Carga Contentorizada”, com um aumento de 793 mil toneladas (+10,2%), seguida dos Produtos Petrolíferos (mais 446 mil toneladas, ou (+11,1%), dos Outros Granéis Líquidos (mais 134 mil toneladas, ou +28,1%), da Carga Fraccionada (mais 105 mil toneladas, ou +8,7%), da carga Ro-Ro (mais 96 mil toneladas, ou +25,6%) e dos Minérios (mais 53 mil toneladas, ou +25,7%).

No importante segmento de Carga Contentorizada, os portos do continente movimentaram mais de 755 mil TEU, ou sejam mais 12,7% do que no mesmo trimestre de 2018, com destaque para os portos de Leixões e Setúbal. Por outro lado, registaram-se perdas nos movimentos de Petróleo Bruto (menos 586 mil toneladas, ou -17,8%), Outros Granéis Sólidos (menos 141 mil toneladas, ou -6,9%) e Produtos Agrícolas (menos 121 mil toneladas, ou -9,2%), refere a AMT.

A mesma entidade destaca igualmente que no caso do porto de Sines, importa “salientar o forte crescimento do tráfego import-export, com o hinterland, que no período em análise regista um acréscimo de +48,7%, atingindo 6120,9 mil TEU, enquanto o tráfego de transhipment, que continua a representar a quota mais significativa, de 72,3% do total do tráfego registado no porto, observou um crescimento de +7,2%”.

Relativamente ao movimento de navios, no período em análise, registaram-se 2.511 escalas, mais 0,9% do que no mesmo trimestre de 2018, correspondente a “um volume de arqueação bruta de quase 47,8 milhões, que reflecte um acréscimo de +10% e representa o volume mais elevado de sempre por efeito dos portos de Douro e Leixões, Aveiro e Setúbal que registam igual marca”.

Segundo a AMT, o aumento do número de escalas “deve-se fundamentalmente aos portos de Sines e de Setúbal, com acréscimos de +5,3% e de +4,2% (+27 e +16 escalas respectivamente)”. Juntamente com o acréscimo de escalas no porto de Viana do Castelo, Douro e Leixões e Faro (+5 escalas no seu conjunto), estes portos “anularam a diminuição do número de escalas verificadas em Aveiro, Figueira da Foz, Lisboa e Portimão (-26 escalas no seu conjunto)”, refere a AMT.



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