Os eurodeputados aprovaram medidas para reduzir o uso de plásticos no mercado europeu
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O Comité de Ambiente e Saúde Pública do Parlamento Europeu (PE) aprovou ontem medidas para banir talheres, cotonetes de algodão, pratos, canudos, agitadores de bebidas e autocolantes de balões, que constituem 70% do lixo marinho, do mercado da União Europeia (UE) até 2021.

Num relatório cujo autor é o eurodeputado Frédérique Ries, da Aliança dos Liberais e Democratas, aprovado por 51 votos contra 10 e 3 abstenções, os parlamentares acrescentaram à lista sacos plásticos ligeiros, produtos feitos à base de plásticos oxodegradáveis (que se fragmentam em micropartículas após dois a cinco anos) e embalagens de fast-food feitos de poliestireno expandido (resina de fácil flexibilidade ou moldabilidade sob a acção do calor, que a deixa em forma líquida ou pastosa).

O consumo de outros artigos para os quais não existam alternativas terá de ser reduzido pelos Estados Membros de forma ambiciosa e sustentável até 2025, numa alusão a caixas de hambúrgueres de uso único, caixas de sanduíche ou recipientes de alimentos para frutas, legumes, sobremesas ou gelados, refere um comunicado do PE. Outros plásticos, como garrafas de bebidas deverão ser recolhidos separadamente de forma progressiva até 90% em 2025.

Os eurodeputados também concordaram em reduzir produtos residuais do tabaco, em particular os filtros de cigarros que contêm plásticos, em 50% até 2025 e 80% até 2030. O comunicado do PE lembra que um cigarro pode poluir entre 500 a mil litros e após ser lançado fora pode demorar até 12 anos a desintegrar-se, constituindo o segundo artigo de plástico descartável mais usado.

No mesmo documento, o PE refere a importância de recolher anualmente pelo menos 50% das artes de pesca com plástico perdidas ou abandonadas, com uma meta de reciclar pelo menos 15% até 2025, e recorda que as artes de pesca representam 27% dos resíduos encontrados nas praias europeias.



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