No segundo trimestre de 2016, de um total de 212 navios em fim de vida vendidos para desmantelamento, 182 (86%) acabaram em praias do sul da Ásia (Índia, Paquistão e Bangladesh), de acordo com a Organização Não Governamental Shipbreaking Platform.
Segundo a organização, desses 182, 100 eram graneleiros, o tipo de embarcação mais comum entre os navios em fim de vida, e o Bangladesh foi o destino mais escolhido, apesar de ter os estaleiros nos quais se trabalha em piores condições.
De acordo com a ONG, no mesmo período, os proprietários de navios da União Europeia (UE) foram os que mais embarcações venderam aos estaleiros sul-asiáticos (61, dos quais 27 vendidos por armadores gregos e 21 por alemães).
A organização tem denunciado o impacto ambiental negativo do desmantelamento de navios na zona entre-marés, onde grandes quantidades de detritos, alguns dos quais potencialmente tóxicos, são depositados, antes de se acumularem e serem levados pela maré.
A zona entre-marés é a zona do substrato litoral que se situa entre as linhas de máxima preia-mar e mínima baixa-mar. Fica exposta ao ar apenas na maré baixa e nela habitam espécies bem adaptadas a condições naturais extremas.
- Ainda o dilema da Mineração em Mar Profundo
- Para salvar os oceanos e os cetáceos temos de actuar já
- Para Celebrar o Dia da Terra _ e do Mar também…
- Bandeira Azul não se aplica apenas às praias mas também a Marinas e Marítimo-Turística
- Os quatro anos da Fundação Oceano Azul e a importância das AMP
- 14 Municípios já aceitaram competências para gerir praias
- Nem só de plásticos morrem os animais marinhos
- Foram resgatadas três baterias poluentes perto da Ilha de Culatra