Hugo Metelo e Ana Ribeiro, da Glintt Inov para a unidade de negócio Blue Growth by Compta

Foi recentemente anunciada a criação de uma nova unidade de negócio da COMPTA, dedicada aos novos desafios da economia azul e designada Blue Growth by Compta. Esta unidade gerará 10 novos postos de trabalho a curto prazo e é uma aposta em quadros nacionais com experiência nos planos interno e externo, como Hugo Diogo Metelo, que encabeça o projecto, e Ana Cristina Ribeiro, que desempenhará funções de gestora de negócios internacionais, ambos antigos membros da Glintt Inov, onde desempenharam funções ligadas à economia do mar. Entre os seus objectivos está a criação de centros de competência nas universidades nacionais, assim gerando postos de trabalho indirectos especializados na inovação e desenvolvimento tecnológicos aplicáveis ao mar.

A estratégia desta unidade assenta em três eixos de acção – Sea Governance & Smart Cost, Smart Ports & Logistics e Seafood Exploration & Transformation – cujos princípios foram «inspirados nos modelos de desenvolvimento da economia de baixo carbono e economia circular, materializando em tecnologia a capacidade inteligente de gestão ambiental, energética e eficiência produtiva», refere Hugo Metelo.

O primeiro eixo assenta no desenvolvimento do conceito de zona costeira inteligente, integrando municípios atlânticos, operadores marítimo-turísticos, entre outros. O eixo Smart Ports & Logistics, no qual a COMPTA é líder nacional em termos de sistemas de informação para operadores de terminais portuários, significa uma extensão do portfolio do grupo com produtos próprios para a gestão ambiental e gestão energética de infra-estruturas portuárias. Finalmente, com o eixo Seafood Exporation & Transformation, o grupo vai ao encontro de necessidades da aquacultura e das indústrias de transformação do pescado através de uma oferta assente na internet das coisas, potenciando tais indústrias com «soluções que integram redes de sensores inteligentes que visam optimizar processos de monitorização e controlo remoto de operações», refere a empresa.

No caso da aquacultura, a COMPTA tem o “Seatropolis”, uma solução integrada para todo o ciclo produtivo até à comercialização, «permitindo a monitorização, automação e controlo remoto de infra-estruturas off-shore». Foi concebida para processos de maneio, reduzindo custos e riscos associados ao factor humano em operações de off-shore e garantindo a qualidade e segurança alimentar, «com uma rastreabilidade completa do ciclo de vida do pescado» e monitorização constante da qualidade da água e do ar, refere a empresa.

O “Seatropolis” inspira-se na experiência de parceiros internacionais em países em desenvolvimento, incorporando tecnologias avançadas em modelos de distribuição low-cost. A este propósito, Hugo Metelo refere que «à semelhança de Portugal, na esmagadora maioria das economias em desenvolvimento, deparamo-nos com um tecido empresarial composto por pequenos investidores», onde a tecnologia pode desempenhar um papel decisivo, quer na preservação dos ecossistemas marinhos, quer na segurança alimentar.

 



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