O consórcio que deveria agrupar cinco empresas, entre as quais a Shell, anglo-holandesa, a Engie, francesa, a OMC, austríaca e Uniper e a Wintershall, alemãs, à russa Gazrom, para a construção do gasoduto Nord Stream 2, já não vai avançar.
Segundo informação oficial, na origem da decisão está o parecer desfavorável da Autoridade da Concorrência Polaca que vê no projecto a possibilidade de uma significativa redução da concorrência.
A Autoridade da Concorrência Polaca foi chamada a pronunciar-se uma vez a maioria das empresas a integrar o consórcio também têm relevante presença na Polónia e são conhecidas as posições desfavoráveis de várias entidades e países à construção do Nord Stream 2 tendo em vista a construção de um segundo gasoduto com capacidade para transporte de 55 mil milhões de metros cúbicos de gás por ano, a ligar directamente a Rússia e a Alemanha por via do Mar Báltico.
Apesar dos receios de a Gazprom poder vir a adquirir uma posição de domínio no mercado da distribuição do gás no Norte da Europa, o facto é que o projecto poderá vir ainda a ver a luz do dia caso a própria Gazprom decida avançar sozinha, ou em novo consorcio, tal como há quem entenda ser essa a hipótese mais provável, tanto mais quanto, aparentemente, se afigura ser esse também o interesse e vontade da Alemanha.
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