O nível médio de confiança dos operadores da indústria marítima desceu de 6.3, no final de Agosto, para 6.0, no final de Novembro, segundo uma sondagem da Moore Stephens
Organização Marítima Internacional

O nível médio de confiança da indústria marítima no seu próprio sector caiu de 6.3, em Agosto, para 6.0 no final do trimestre Setembro/Outubro/Novembro, numa escala de 10, revelou uma sondagem da consultora Moore Stephens mencionada em vários meios de comunicação internacionais.

“É uma desilusão fechar o ano com uma ligeira quebra na confiança, mas o transporte marítimo é volátil e haverá sempre altos e baixos e não devemos esquecer que foi em 2018 que se registou o mais alto pico de confiança dos últimos quatro anos”, referiu Richard Greiner, partner da Moore Stephens Partner.

Segundo a sondagem, citada na comunicação social, a confiança diminuiu em quase todas as principais categorias, excepto nos brokers, que registou uma subida de 4.9 para 5.2. Nos armadores o nível de confiança desceu de 6.8 para 6.4, nos gestores, caiu de 6.2 para 6.0 e nos fretadores diminuiu de 7.0 para 6.8. Já a possibilidade de os inquiridos fazerem grandes investimentos nos próximos 12 meses manteve-se estável nos 5.5.

O número de inquiridos que espera aumento dos custos financeiros nos próximos anos subiu de 59% para 67%. Entre os armadores esse número subiu de 70% para71%, nos fretadores subiu de 50% para 80% e nos gestores subiu de 45% para 63%.

Relativamente ao número daqueles que esperam subida das tarifas dos fretes entre os navios tanque nos próximos 12 meses, subiu de 53% para 60%. Os que esperam uma descida passaram de 9% para 12%. No segmento dos graneleiros de secos, o número dos que esperam uma subda das tarifas dos fretes permaneceu nos 38%, enquanto entre os que esperam uma descida subiu de 11% para 15%. No segmento dos porta-contentores, os que esperam uma subida na taxa de fretes desceu de 26% para 25%, e para 24% entre os que esperam uma descida.

Há ainda dados sobre a diferença de preços entre os combustíveis de alto teor de enxofre e os combustíveis compatíveis com as futuras regras da IMO sobre o teor de enxofre nos combustíveis marítimos a partir de 2020. Dos inquiridos, 24% esperam que essa diferença seja de 250 a 324 dólares por tonelada métrica, 23% pensam que a diferença seja entre 175 e 249 dólares por tonelada métrica, 18% situam a margem entre 325 e 399 dólares por tonelada métrica e 12% entre 100 e 174 dólares por tonelada métrica.

 



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