Quem o refere é a BIMCO, que não antecipa grande recuperação no segmento para 2018, mas admite alguma volatilidade resultante do número de navios usados para armazenamento
VLCC

A BIMCO (Baltic and Internacional Maritime Council), que é a principal organização internacional de transporte marítimo do mundo, prevê que em 2018 diminua ligeiramente a tonelagem de navios tanque enviada para desmantelamento face ao ano anterior, refere o World Maritime News.

A previsão da associação baseia-se no baixo volume de entregas de encomendas de novos navios e em expectativas de um aumento da procura no segundo semestre deste ano. Quanto a encomendas, este ano arrancou em baixa e, segundo a BIMCO, parece que foi o segmento de granéis sólidos que mostrou sinais de recuperação.

Quanto a navios tanque, em Janeiro, de acordo com a BIMCO, citada pelo jornal, as encomendas foram para um VLCC (very large crude carrier, com porte bruto superior a 250 mil dwt, ou deadweight tonnage), 2 LR1 (long range, com porte bruto de 50 mil a 80 mil dwt), 5 MR (meduim range, com porte bruto de 20 mil a 55 mil dwt) e 6 handysize (com porte bruto de 10 ml a 50 mil dwt).

Numa análise de mercado, a BIMCO refere uma retracção no segmento dos navios tanque, patente nas baixas tarifas de frete relativas ao transporte de produtos petrolíferos durante a maior parte de 2017, justificada pelo excesso de capacidade instalada, fraca procura e fraca produção da OPEP (Organização dos Países Produtores de Petróleo).

A associação também menciona a utilização dos navios tanque como unidades de armazenamento, que contribui para a volatilidade do mercado desse segmento. Um aumento dessa utilização fará diminuir a capacidade da frota de transporte e desse modo poderá também fazer subir, pelo menos temporariamente, o valor das tarifas de frete.

 



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