Segundo a Clarksons, deve estar a terminar um curto ciclo negativo para os armadores de navios tanque, que deverá conhecer uma inversão em 2018, graças ao envelhecimento da frota e a uma tendência para a redução de encomendas
Susa

A utilização dos navios tanque no terceiro trimestre deste ano caiu para níveis registados pela última vez em 2013, com efeito negativo nos ganhos dos armadores, segundo dados da consultora Clarksons Platou Securities citados pelo World Maritime News.

De acordo com o jornal, esta circunstância foi agravada pela redução da exportação de crude por parte da Arábia Saudita em Agosto e prolongou-se até Setembro. Mas foi um trimestre que, segundo a consultora, representou o ponto mais baixo de um ciclo, que deverá inverter-se já em 2018.

Para essa recuperação poderá contribuir a diminuição da frota de navios tanque, da qual boa parte deverá rondar os 20 anos ou mais de idade. São navios que, em muitos casos, deverão destinar-se a desmantelamento, contribuindo para um reequilíbrio entre a oferta e a procura destas unidades.

A diminuição desta frota deverá resultar também da tendência decrescente para a encomenda deste tipo de navios (em 2017, as encomendas de navios tanque de longa distância sofreu uma quebra e neste momento representa 11,8% da frota existente), da dificuldade de acesso a crédito para a sua aquisição e da redução da capacidade para a sua construção nos estaleiros.



Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

«Foi Portugal que deu ao Mar a dimensão que tem hoje.»
António E. Cançado
«Num sentimento de febre de ser para além doutro Oceano»
Fernando Pessoa
Da minha língua vê-se o mar. Da minha língua ouve-se o seu rumor, como da de outros se ouvirá o da floresta ou o silêncio do deserto.
Vergílio Ferreira
Só a alma sabe falar com o mar
Fiama Hasse Pais Brandão
Há mar e mar, há ir e voltar ... e é exactamente no voltar que está o génio.
Paráfrase a Alexandre O’Neill