O CEO de um dos mais importantes portos da Escandinávia atribui ao conflito laboral que dura há mais de um ano os maus resultados no movimento de contentores no porto de Gotemburgo durante o 1º semestre
Hapag-Lloyd

O movimento de contentores no porto de Gotemburgo, na Suécia, diminuiu 22% no primeiro semestre deste ano face ao período homólogo de 2016, constituindo a maior queda de sempre naquele porto, de acordo com dados da respectiva autoridade portuária. Para Magnus Kårestedt, CEO da Autoridade Portuária de Gotemburgo (APG), o fenómeno decorre do conflito laboral que desde Maio de 2016 opõe a APG à secção 4 do Sindicato Sueco dos Estivadores.

O mesmo responsável assinala a gravidade da situação, recordando que “as consequências para o comércio sueco são imensas” e que “vários serviços para mercados chave foram deslocados, incluindo serviços directos vitais para as importações e exportações”. Entre os principais efeitos contam-se a transferência de transporte de mercadoria do mar para a rodovia, a perda de vários investimentos e o desaparecimento de postos de trabalho.

Segundo a APG, a queda no movimento de contentores foi particularmente acentuada em Junho, quando atingiu 60% face ao mesmo mês do ano anterior. E dados preliminares indicam que os números de Julho significarão igualmente uma queda histórica, com índices comparáveis aos de 2001.

 



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