A ministra do Mar colocou a tónica na sustentabilidade dos oceanos na intervenção que fez ontem na sessão de abertura da 4ª edição do Oceans Meeting, em Lisboa, este ano realizado no âmbito das V Centenário da Circum-navegação de Fernão Magalhães e dedicado tema central da «Governação Inteligente dos Oceanos». Uma intervenção que replicou as principais ideias transmitidas na sua alocução na abertura do Dia Marítimo Europeu, poucos momentos antes.
Nesse contexto, Ana Paula Vitorino insistiu em teses que tem vindo a enunciar ao longo do seu mandato, ao referir que “uma governação do mar inteligente e responsável implica a mobilização da ciência e a inovação para que a sustentabilidade se manifeste na governação nas dimensões: ambiental, protegendo o capital natural dos ecossistemas marinhos, o sustentáculo da saúde do oceano; social, gerando mais e melhor emprego, reforçando a coesão social; económica, promovendo modelos de negócio de baixo carbono, criando novas empresas e empreendedores eco-inovadores”.
A ministra aproveitou ainda a ocasião para recordar o papel de Portugal “na discussão dos desafios globais da governação do oceano e na construção de soluções” no plan externo (União Europeia, OCDE e Nações Unidas) e a acção interna do Governo no estabelecimento das “bases para uma governação e exploração sustentável do mar, no quadro do combate às alterações climáticas”, aludindo ao Plano de Situação de Ordenamento do Espaço Marítimo (PSOEM) e ao Plano de Áreas Marinhas Protegidas. Ainda no plano interno, a ministra do Mar recordou que Portugal terá em breve “o maior parque eólico flutuante do mundo, em Viana do Castelo, o Windfloat Atlantic, o qual será capaz de fornecer energia azul limpa a 60.000 casas, gerando 1500 novos empregos” e referiu outras medidas, no plano da aquacultura, da descarbonização do transporte marítimo, do financiamento da economia azul (Fundo Azul) e da inovação (Port Tech Clusters).
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