A japonesa Mitsubishi Heavy Industries, Ltd. (MHI), especializada em equipamentos, tecnologias e infra-estruturas relacionadas com o ambiente, a energia, os transportes (incluindo marítimo) e a defesa, autonomizou o negócio de Oil & Gas no âmbito da sua subsidiária Mitsubishi Heavy Industries America, Inc. (MHIA), sedeada em Houston.
“Ao reforçar as funções combinadas para vários produtos desenvolvidos pelo Grupo, como compressores e turbinas a gás, a MHI fornecerá soluções integradas para mercados a montante (gás natural liquefeito, ou GNL) e jusante”, refere a empresa.
A nova Oil & Gas Division da MHI abriu escritórios em Houston e vai dedicar-se a identificar, desenvolver e orientar oportunidades de negócio para soluções de maquinaria e engenharia, “incluindo em áreas em crescimento”, como a produção flutuante, o GNL, a modulação de fábricas, o processamento de gás, a petroquímica, entre outras.
Com esta medida, embora relativa à sua subsidiária norte-americana, a MHI acaba por autonomizar um negócio naquilo que está associado à área energética, seguindo o que parece ser uma tendência de outras grandes multinacionais com actividades diversificadas, como ocorreu com a Maersk no final de 2016.
A esta decisão também não será alheio o impulso do sector energético nos Estados Unidos nos últimos anos, designadamente, graças ao gás de xisto, que reforçou o papel do país na produção petrolífera (em 2015, um estudo da BP dava conta de que os Estados Unidos já eram o maior produtor mundial de petróleo) e alterou o panorama da produção energética global.
- Mineração: importa saber o que temos e o modelo de concessões que queremos
- Nord Stream 2, energia e os dramas estratégicos da Europa
- O futuro da mineração em mar profundo
- Do Potencial das Energias Oceânicas em Portugal
- Projecto SE@PORTS apresentado amanhã em Leixões
- Impacto da mineração em mar profundo pode prolongar-se por décadas
- Agência de inovação britânica financia projecto de sistema autónomo para eólicas offshore
- Governo holandês apoia pesquisa sobre uso do metanol nos navios