Num artigo de opinião e com base em diversas projecções sobre o comércio global, um jornalista especializado admite que os navios continuarão a crescer, até 28 mil TEU na próxima década e mesmo até 50 mil TEU nos próximos 30 anos
IMO

Na próxima década, porta-contentores com capacidade para 28 mil TEU e com calados de 18 metros e 420 metros de comprimento poderão ser vistos nos serviços de transporte marítimo que ligam a costa ocidental americana e a Ásia através do Pacífico. E em meados do século, tais navios poderão atingir capacidades para 50 mil TEU.

Estas são conclusões de Harry Valentine, licenciado em Engenharia Mecânica, com especialização em Termodinâmica e que passou os últimos 10 anos como jornalista técnico e mais de 20 como investigador sobre transportes, expostas num artigo de opinião recente do autor publicado no Maritime Executive, com base em estudos e projecções sobre a evolução do comércio internacional ao longo das próximas décadas.

O autor recorda inclusivamente que apenas há 10 anos, o comércio marítimo contentorizado era feito, principalmente, em navios Panamax, com uma capacidade para 5 mil TEU. “A combinação de um aumento do comércio internacional e desenvolvimentos na logística de transporte exigiu o desenvolvimento de porta-contentores maiores para navegarem entre a Europa e a Ásia e entre a Ásia e a costa ocidental da América”, refere.

No seu artigo, Harry Valentine também admite que na sequência de alterações climáticas, os futuros super-navios poderão vir a navegar pelo Árctico canadiano em viagens entre a Ásia e a Europa e entre o leste asiático e a costa leste da América do Norte. Por outro lado, tais navios provenientes de portos como Vizhinjam (Índia), Colombo (Sri Lanka) e Singapura poderão justificar uma ampliação do Canal de Suez no quadro de rotas entre o Índico e o Ocidente.

 



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