A Marinha, através do Instituto Hidrográfico e do navio hidrográfico Almirante Gago Coutinho, encontra-se na Região Autónoma dos Açores para efetuar levantamentos topo-hidrográficos, no âmbito do Projeto de Mapeamento do Mar Português.

O principal objectivo da missão é contribuir para o conhecimento dos fundos marinhos, necessário à promoção de actividades de desenvolvimento técnico-científico e económico nas áreas de interesse nacional e à correspondente actualização cartográfica.

Nesta campanha, que se iniciou em 4 de Maio e se irá prolongar até dia 24 de Junho, a colaboração com entidades regionais está devidamente enquadrada pelo Protocolo de Cooperação assinado em 2017 entre o Instituto Hidrográfico e a Secretaria Regional do Mar, Ciência e Tecnologia dos Açores, com o intuito de dinamizar e promover, de uma forma colaborativa, a investigação e o conhecimento do mar na região dos Açores.

Os trabalhos, numa primeira fase, durante o mês de maio, irão focar-se nos levantamentos hidrográficos do banco do Gigante entre a ilha do Faial e a ilha das Flores, mas também em redor das ilhas das Flores e do Corvo, locais onde actualmente existe grande falta de informação sobre os fundos marinhos com alta resolução. Ao longo da missão haverá com regularidade a presença a bordo de investigadores das universidades e institutos de investigação açorianos, numa perspectiva colaborativa e de partilha de informação adquirida.

No período de 3 a 24 de Junho, e após ter sido feita a caracterização hidrográfica de base, a Marinha, através do Instituto Hidrográfico, irá colaborar com a Fundação Oceano Azul, a EMEPC, a National Geographic e instituições científicas da região autónoma dos Açores, num trabalho de investigação colaborativo sobre o mar dos Açores, que inclui a realização de um documentário e de diversos mergulhos do ROV LUSO, que já se encontra a bordo do NRP Almirante Gago Coutinho.



Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

«Foi Portugal que deu ao Mar a dimensão que tem hoje.»
António E. Cançado
«Num sentimento de febre de ser para além doutro Oceano»
Fernando Pessoa
Da minha língua vê-se o mar. Da minha língua ouve-se o seu rumor, como da de outros se ouvirá o da floresta ou o silêncio do deserto.
Vergílio Ferreira
Só a alma sabe falar com o mar
Fiama Hasse Pais Brandão
Há mar e mar, há ir e voltar ... e é exactamente no voltar que está o génio.
Paráfrase a Alexandre O’Neill